As 06 Desvantagens dos Fornos de Carvão de Alvenaria

No Brasil, os fornos de carvão de alvenaria são muito comuns, sendo o tipo de forno dominante no mercado.

Inicialmente, os fornos de carvão de alvenaria apresentam seis grandes vantagens que são:

  1. Boa vedação;
  2. Baixo investimento;
  3. Fácil manutenção;
  4. Fácil construção;
  5. Flexibilidade de controle;
  6. Possibilidade de deslocamento de praça em baixo custo.

Então, caso queira saber mais sobre estas vantagens, clique aqui para ler o artigo “As 06 Vantagens dos Fornos de Carvão de Alvenaria

Ademais, se você quiser conhecer outros tipos de fornos recomendamos a leitura do artigo Os tipos de fornos de carvão”.

Logo mais, sugiro que você leia também o artigo “Forno de Carvão de Terra”. Saiba como trabalha esta tecnologia, que apesar de rudimentar, funciona com um investimento financeiro muito baixo, menor inclusive que o forno de carvão de alvenaria do qual estamos aqui destacando as suas desvantagens.

Por fim, vamos então conhecer agora as desvantagens destes fornos de alvenaria?

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Desvantagens dos fornos de carvão de alvenaria

desvantagens de um forno de carvão de alvenaria

Os fornos de carvão de alvenaria convencionais possuem certas desvantagens que são: :

  1. Rendimento gravimétrico em carvão variável;
  2. Emissão de poluentes na atmosfera;
  3. Resfriamento muito lento do carvão vegetal;
  4. Qualidade variável do carvão vegetal;
  5. Controles empíricos ou grosseiros;
  6. Treinamento complicado.

Destacamos que existem exceções as desvantagens acima citadas e que as evoluções tem mudado rapidamente os conceitos em produção de carvão.

Desvantagem 01 – Rendimento gravimétrico variável

Antes de tudo, rendimento gravimétrico é a relação de peso entre madeira e carvão no processo. Logo mais, quanto maior o rendimento gravimétrico, menos madeira será consumida e mais carvão será produzido.

Acrescente-se que, o rendimento gravimétrico é uma relação percentual de peso que desconsidera a água na madeira e a água no carvão no processo. Porquanto, é uma relação de peso percentual chamada de “BASE SECA”. Em síntese é o peso seco de carvão dividido pelo peso seco da madeira.

Em média, a produção de carvão deverá apresentar valores de de rendimento gravimétrico em torno de 33%. Assim sendo, isso significa que cada 100 kg de madeira seca produzirá 33 kg de carvão vegetal (seco).

Atenção: O lucro ou prejuízo em um negócio de carvão vegetal tem uma relação direta com o rendimento gravimétrico obtido nos fornos de carvão

Por vezes, os fornos de carvão vegetal de alvenaria irão apresentar variação de rendimento gravimétrico, e na maioria das vezes, o rendimento gravimétrico será baixo e isso acontece por diversos motivos, dentre estes motivos, podemos citar:

  1. Projeto inadequado de forno;
  2. Controles de processo “grosseiros”;
  3. Treinamento inadequado de pessoal;
  4. Desconhecimento de fundamentos de produção de carvão vegetal, etc.

Entendendo sobre rendimento gravimétrico de carvão vegetal

Alguns dos produtores de carvão que já alcançaram a excelência em produção de carvão vegetal conseguem manter rendimentos gravimétricos elevados, acima de 35%.

Podemos classificar o nível de excelência na produção de carvão vegetal pelos intervalos DE RENDIMENTO abaixo descritos:

  • Excelente ==> Rendimento gravimétrico acima de 38%;
  • Alto ===> Rendimento gravimétrico entre 35 e 38%;
  • Bom ===> Rendimento gravimétrico entre 32 e 35%;
  • Baixo ===> Rendimento entre 29 e 32%;
  • Muito baixo ===> Rendimento Abaixo de 29%;

Assim, para os produtores de carvão, o rendimento gravimétrico deverá ser a relação técnica (e econômica) mais importante. Conheça o programa mais carvão que visa buscar a excelência em produção de carvão vegetal. Lá são apresentados alguns conceitos técnicos importantes para os produtores de carvão vegetal.

Desvantagem 02 – Emissão de fumaça nos fornos de carvão de alvenaria

Sobretudo, os fornos de carvão de alvenaria quase sempre lançam, sem qualquer controle na atmosfera, os gases advindos da sua carbonização. Sendo assim, estes gases altamente poluentes, acabam por gerar prejuízos a saúde dos trabalhadores que estão envolvidos diretamente na produção de carvão vegetal. Também, é comum a fumaça gerada pelos fornos gerar conflitos com confrontantes e vizinhos próximos da fábrica.

Ademais, a grande maioria destes fornos não possuem um sistema de incineração e tratamento de efluentes gasosos. Entretanto, alguns poucos produtores possuem um sistema limpo de produção de carvão vegetal, dentre eles podemos citar o projeto da Recicarbon e o projeto da Fazenda Guaxupé.

Enfim, a maior parte dos fornos de carvão vegetal de alvenaria, em seu projeto, não preveem o controle da poluição. No entanto, se previamente projetado, praticamente todos os fornos de carvão de alvenaria podem ter um controle eficiente de emissão de poluentes.

Exemplo 01 – Recicarbon – Forno de carvão de alvenaria com queimador de fumaça

Desde 2013, a usina controla 100% da emissão de gases obtidos através da produção de carvão vegetal, eliminando a fumaça preta das chaminés e a emissão de gases tóxicos, como o metano. Dessa forma, o carvão produzido pela Recicarbon possui baixo impacto ambiental e a produção garante a integridade física e social de todos os colaboradores. Clique aqui e conheça a projeto da empresa.

Exemplo 2 – Fazenda Guaxupé – Forno de carvão de alvenaria com queimador de fumaça

A Usina Fazenda Guaxupé é a primeira usina ecológica de carvão vegetal do Brasil, iniciando suas operações em 2013, em Minas Gerais.  Na Fazenda Guaxupé, nada de nuvens negras, o céu é tão azul quanto em qualquer fazenda do interior. Graças a uma tecnologia inovadora, a emissão de partículas e de gases extremamente nocivos, como o metano, foi completamente eliminada da produção de carvão. Clique aqui e conheça o projeto da empresa.

Desvantagem 03 – Resfriamento lento

Inicialmente, os fornos de carvão de alvenaria, por serem construídos em material cerâmico (tijolos de argila), tem a grande vantagem de conservar calor, porém a grande desvantagem de NÃO dispersar calor.

Como se não bastasse, o processo de resfriamento de carvão em fornos de carvão de alvenaria é um processo que impacta grandemente a produtividade de uma unidade produtiva de carvão. Visto que, em média, os fornos estarão “parados” de 50 e 75% resfriando o carvão produzido

Diante disso, o processo de produção de carvão tem duas fases antagônicas. Logo, a primeira fase que é a carbonização, o forno estará aquecendo, e conservar o calor é um fator chave, e isto o forno de alvenaria faz muito bem. Em seguida, na segunda fase, que é o resfriamento do carvão, o forno estará resfriando, e dispersar calor seria o fator chave, porém o forno de carvão de alvenaria faz isso muito mal.

Pelo contrário, existem sistemas de resfriamento forçado para fornos de alvenaria, que buscam compensar essa deficiência tecnológica dos fornos de alvenaria, mas não falaremos aqui neste artigo

Desvantagem 04 – Qualidade variável do carvão

Em, primeiro lugar, o carvão vegetal apresenta qualidade variável, em função da sua relativa posição no forno de carvão de alvenaria. Logo, um indicador de qualidade que varia muito no processo de carbonização é o teor de carbono fixo.

Em outras palavras, o teor de carbono fixo é o indicativo de quanto a madeira foi convertida em carvão. Logo, quanto maior o teor de carbono fixo do carvão, mais grafitizado se torna o mesmo. Assim sendo, quantos maiores forem o tempo e/ou temperatura de carbonização maior será o teor de carbono fixo no carvão.

Ora, a madeira tem 50% de teor de carbono fixo, enquanto isso o carvão vegetal tem 80% de teor de carbono fixo. Além do que, quanto maior o teor de carbono fixo, mais grafitizado se torna o carvão ou mais “cheio” de carbono.

Ademais, dentro do forno de carvão, pelo processo de convecção natural, os gases quentes sobem e os gases frios descem; isso forma dentro do forno uma escala de temperatura em que a parte inferior do forno está sempre mais fria que a parte superior do forno.

Logo, essa diferença média de temperatura vertical afeta no nível em que a madeira é transformada em carvão. Assim, teremos tiços (madeira semi carbonizoada) no piso do forno e carvão com teor de carbono fixo em 80% ou mais na parte superior da carga enfornada.

Desvantagem 05 – Empirismo produtivo

Inicialmente, os projetos de fornos de carvão de alvenaria, na sua maioria, são projetados sem base cientifica.  Não raro, a maior parte dos projetos são realizados na “tentativa e erro” e os erros acabam sendo muitos.

Além do que, é comum, a ausência de cálculos de fluidodinâmica e de estrutura destes fornos. Também , não existem normas nem padrões de recomendação institucionalizados. Assim sendo, a cada novo projeto, palpites e ideias sem base técnica acabam por compor muitos dos projetos de fornos de carvão de alvenaria, criando um verdadeiro arsenal de modelos de fornos com inúmeros defeitos e erros técnicos

Outrossim, são criados também procedimentos de controle de carbonização sem qualquer indicador preciso, deixando o cuidado do processo de transformação da madeira em carvão no forno de carvão de alvenaria na vaga percepção do carbonizador.

Em suma, a produção de carvão nos fornos de carvão de alvenaria não leva em conta parâmetros de qualidade de carvão vegetal tais como, composição química, poder calorífico, densidade do granel e resistência mecânica do carvão vegetal.

Desvantagem 06   – Treinamento dificultado

Inicialmente, o  treinamento de mão de obra em fornos de carvão de alvenaria é dificultado pelo fato dos controles de carbonização serem “grosseiros”. De forma geral, o controle da carbonização é feito por 3 indicadores empíricos:

  1. Cor de fumaças;
  2. Temperatura externa das paredes do forno;
  3. Aparência dos tatus.

Enfim, vamos agora entender como esses indicadores são avaliados na prática

Cor da fumaça de carbonização que sai dos fornos de carvão de alvenaria

A priori, um carbonizador separa mentalmente o processo de carbonização olhando a cor da fumaça. Conforme se evolui o processo de carbonização a cor da fumaça vai mudando de cor.

Naturalmente, a cor da fumaça apresenta uma coloração esbranquiçada na sua fase inicial (secagem), na sequencia, apresenta uma cor amarelada na sua fase intermediária (carbonização)  e por fim apresenta uma coloração azulada na sua fase final (fim da carbonização).

Por conseguinte, a pergunta que surge é: 'Qual é o nível de precisão de controle de um processo que usa 3 padrões visuais de cor?' Com certeza, muito baixo!

Temperatura (ao tato) da parede dos fornos de carvão de alvenaria

Na sequência, um carbonizador faz uma leitura mais refinada da evolução do processo de carbonização do forno, ao colocar a mão na parede do mesmo, SENTINDO as temperaturas e tomando as ações para controlar o processo de carbonização dentro desta percepção tátil.

Dessa maneira, pergunta-se: 'Qual é a precisão do SENTIDO do tato do carbonizador quanto a temperatura da parede do forno?' Efetivamente muito baixo também.

Presença de brasa nos controladores de ar dos fornos de carvão de alvenaria

Também, um carbonizador, adicionando mais um indicador de processo, através da sua visão, verifica a presença ou ausência da formação de brasas nos controladores dos fornos (entradas de ar).  Por conseguinte, é comum escutar a expressão pingado com fogo (em brasa) ou não pingado com fogo para tomar decisões acerca da condução do processo.  .

Em suma, fazer carvão em fornos de carvão de alvenaria sem controles tenrificados é muito MAIS UMA ARTE QUE UMA CIÊNCIA.

Enfim, recomendamos que você conheça a Técnica Ótima de Carbonização da Fórmula da Carvoaria Perfeita.

Portanto, se você se interessa por este tema, lhe convido a ler outros artigos da série abaixo citados :

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Autor

Daniel Camara Barcellos, é especialista em CARVÃO VEGETAL e vem estudando e desenvolvendo formas de AJUDAR PESSOAS E EMPRESAS,  através do seu conhecimento especializado, a projetarem, operarem e melhorarem unidades de carvão vegetal.

Também, tem formação acadêmica em Engenharia  Florestal pela Universidade Federal de Viçosa, além de Especialização, Mestrado e Doutorado no tema em questão.

Outrossim, NOS ÚLTIMOS 20 ANOS, em mais de uma centenas de projetos,  já ajudou inúmeras empresas e pessoas no Brasil e exterior.

Enfim, a partir dos RESULTADOS COMPROVADOS, em especial de suas unidades ecológicas de produção de carvão vegetal projetadas,  tem como perspectiva , mudar a péssima imagem da produção de carvão vegetal e ajudar seus clientes e parceiros a ganharem dinheiro de forma sustentável.

Fórmula da Carvoaria Perfeita

A FÓRMULA DA CARVOARIA PERFEITA  é a metodologia definitiva de produzir carvão vegetal de forma ECOLÓGICA.

Assim, a Fórmula da Carvoaria Perfeita é um treinamento avançado que objetiva treinar pessoas para se tornarem “Experts” em produção de carvão ecológico e se tornarem conhecedores da sabedoria da FÓRMULA DA CARVÃO.

Ademais, este treinamento avançado é único no mundo. Logo, apenas um grupo seleto de pessoas conhecem a fórmula e usufruem do poder da sua transformação.

Enfim, A FÓRMULA DA CARVOARIA PERFEITA tem transformado vidas e negócios e tem ajudado o segmento a mudar a imagem da produção de carvão vegetal.

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As 06 Desvantagens dos Fornos de Carvão de Alvenaria