Principais Componentes Químicos da Madeira

Principais Componentes Químicos da Madeira

De antemão, o tecido lenhoso das árvores é constituído por diferentes tipos de células. As plantas folhosas (espécies comuns em países tropicais como o Brasil) possuem uma estrutura mais complexa do que as coníferas, (espécies de árvores mais comuns em países não tropicais), com maior número de tipos de células. O fenômeno da carbonização pode ser explicado e entendido a partir das transformações sofridas pelos principais componentes químicos da madeira, a celulose, as hemiceluloses e a lignina.

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Nesse sentido, se você quiser saber quais as dimensões ideais da madeira, para se produzir carvão vegetal, recomendamos a leitura do artigo Tamanho das Peças – Diâmetro e Comprimento da Madeira e sua Influência na Produção de Carvão; além do artigo Teoria da Carbonização de Madeira, onde você aprenderá mais sobre o processo em questão.

Enfim, recomendamos também o artigo Teoria da Carbonização – Termogravimetria e Termodiferenciação.

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Composição elementar da madeira para produção de carvão

A madeira se compõe basicamente de oxigênio, hidrogênio e carbono. Todavia, o carbono pode representar até 50% da composição da madeira, o oxigênio 44%, e o hidrogênio 6%. Levando-se em conta o percentual que esses três elementos representam, torna-se fácil entender porque a carbonização pode ser compreendida conhecendo-se o comportamento da lignina, das hemiceluloses e da celulose, já que esses componentes são basicamente formados de carbono, oxigênio e hidrogênio.

De acordo com LEWIN e GOLDSTEIN (1991) e TSOUMIS (1991), em termos médios, as madeiras são constituídas por:

  • Celulose: 40-45%;
  • Hemiceluloses: 20-30%;
  • Lignina: 18 – 25% (Folhosas) e 25 – 35% (Coníferas);
  • Extrativos: 3-8%;
  • Cinzas: 0,4%.

A influência da celulose da madeira em como fazer carvão

Desde já, a celulose, principal componente da parede celular, é um polissacarídeo linear constituído de unidades anidro pirano glicose com ligações glicosídicas do tipo Beta 1-4 com alto grau de polimerização, possuindo uma estrutura cristalina e não ramificada. O seu grau de polimerização está compreendido entre 9000 e 10000, podendo chegar a até 15000 unidades de glicose.

É o composto mais comum na natureza, sendo insolúvel em solventes orgânicos, em água, em ácidos e em álcalis diluídos, todas à temperatura ambiente.

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Anidro: é um termo geral utilizado para designar uma substância de qualquer natureza que não contém, ou quase não contém, água na sua composição.

Pirano: é um heterocíclico de anel de seis membros consistindo de cinco átomos de carbono e um átomo de oxigênio e contendo duas ligações duplas.

Glicose: é um dos principais produtos da fotossíntese e inicia a respiração celular em seres procariontes e eucariontes.

Ligação Glicosídica: é uma ligação covalente resultante da reação de condensação entre uma molécula de um carboidrato com um álcool, que pode ser outro carboidrato.

As hemiceluloses da madeira  em como fazer carvão

Primeiramente, as hemiceluloses também são polissacarídeos e diferem da celulose por serem polímeros ramificados e de cadeia mais curta.  As hemicelulose possuem em sua estrutura outras unidades de açúcar diterentes da glicose como por exemplo, hexoses e pentoses como a manose, a galactose, a xilose, a arabinose, o ácido 4-o-metilglucurônico.

Geralmente possuem um peso moléculas menor que o da celulose, o seu grau de polimerização varia de 100 a 200 unidades de açúcares. Todavia, são os compostos da madeira responsáveis pela formação da maior parcela de ácido acético, durante a decomposição térmica.

Então, a 400°C, a celulose e as hemiceluloses resultam num rendimento em carvão de aproximadamente 10 a 13% respectivamente. Celulose e hemicelose são itens poucos importantes em como fazer carvão vegetal

A lignina em como fazer carvão

A lignina é um dos três polímeros básicos que constituem a madeira. É um composto amorfo, tridimensional, de composição química bastante complexa, que se constitui de unidades de fenil propano, tendo uma cadeia altamente ramificada.

A lignina é o componente mais hidrofóbico da madeira; tem uma função adesiva entre as fibras e confere dureza e rigidez à parede celular. As unidades de fenil propano são mantidas juntas, tanto por ligações éter (C-O-C) como por carbono-carbono (C-C). A ligação éter é predominante, aproximadamente 2/3 ou mais das ligações da lignina são desse tipo e o restante é do tipo carbono-carbono (SJÖSTRÖN, 1993).

A lignina é um dos componentes da madeira de fundamental importância na produção do de carvão vegetal, uma vez que é o composto que mais contribui para a formação do resíduo carbonífero, bem como pela formação do alcatrão insolúvel. Quando a 400°C, proporciona rendimentos de aproximadamente 55% de resíduo carbonífero (OLIVEIRA et al., 1982a).

Os extrativos da madeira na produção de carvão

Os extrativos são componentes que não fazem parte da constituição química da parede celular e incluem elevado número de compostos, incluem resinas, açúcares, taninos, ácidos graxos, dentre outros compostos, os quais influem nas propriedades da madeira. Assim, a cor, o odor, as resistências ao apodrecimento e ao ataque de insetos, a permeabilidade, a densidade e a dureza são afetados pela sua presença (PETTERSEN, 1984).

O conteúdo de cinzas é usualmente pequeno, podendo incluir cálcio, potássio, magnésio e traços de outros. Então, quanto maior a proporção de matérias minerais na madeira, maior será a percentagem de cinzas no carvão, fato este pouco desejável, principalmente quando alguns dos componentes são prejudiciais para fins siderúrgicos. O teor, bem como a composição química das cinzas pode ser afetada pela disponibilidade de minerais no solo.

Melhores propriedades químicas do carvão, maiores teores de carbono fixo, e menores teores em substâncias voláteis e cinzas estão associados à madeira com altos teores de lignina, para determinadas condições de carbonização. Em suma, madeiras com altos teores de extrativos e lignina produzem maior quantidade de carvão, com maior densidade e mais resistente, em termos de propriedades físicas e mecânicas.

Portanto, se você se interessa por este tema, lhe convido a ler outros artigos da série abaixo citados :

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Autor

De antemão, Daniel Camara Barcellos, é especialista em CARVÃO VEGETAL e vem estudando e desenvolvendo formas de AJUDAR PESSOAS E EMPRESAS,  através do seu conhecimento especializado, a projetarem, operarem e melhorarem unidades de carvão vegetal.

Também, tem formação acadêmica em Engenharia  Florestal pela Universidade Federal de Viçosa, além de Especialização, Mestrado e Doutorado no tema em questão.

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Em suma, a partir dos RESULTADOS COMPROVADOS, em especial de suas unidades ecológicas de produção de carvão vegetal projetadas,  tem como perspectiva , mudar a péssima imagem da produção de carvão vegetal e ajudar seus clientes e parceiros a ganharem dinheiro de forma sustentável.

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